de Allan Pitz, 80 páginas - Above Publicações
Sinopse (retirada do Skoob):
"Palavras do autor: "Nesse livro em especial não me prendi a nada; fiz como fazia nos palcos: montei um personagem e deixei fluir tudo na sua sintonia. O protagonista, Luiz Aurélio, encontra-se num estado de perturbação mental contínuo: não existe mais verdade ou ilusão; existe a sua realidade tragicômica tosca de perdas super valorizadas e ciúmes." Apresentação do livro: É verdade, eu matei o cozinheiro. Em momento algum deste livro negarei que matei o sórdido cozinheiro com minhas próprias mãos de escrever versos. Havia motivo claro em saciar-se com a sua morte, morte de quem por carne e gozo objetou-se ao incomensurável amor que me tornava tão puro. Eu estripei-o com suas facas imundas de trabalho banal, e escalpelei por mimo infantil, de criança brincalhona, ao ver os índios e escalpes na TV. Matei o demônio com noventa facadas, cultivando um novo demônio sanguinário em mim, portanto não negarei ter feito a coisa mais maravilhosa que eu poderia fazer por minha inconsequência gloriosa naquele momento: Eu matei o cozinheiro. A morte do cozinheiro já deve ser considerada uma das obras literárias mais intensas e atuais sobre a dor de cotovelo e o ciúme. De forma singular o autor nos guia sem medo até o amor doente de Luiz Aurélio e as psicoses novas da recente solidão induzida. A derrota do ”eu” exaltado, o abandono, e a morte que pede lugar ao descontentamento puramente egoísta caminham livres. Vemos um jogo de querer e não poder, que desenrola o frágil espírito do ser humano desiludido de amor. Usando a mescla de linguagens necessária em sua abordagem diferenciada, Allan Pitz atormenta os corações abalados neste livro memorável e instigante, fazendo enxergar com outros olhos a parte considerada cruel de uma trágica história romântica."
Um livro que conta a história de
uma decepção amorosa e o estrago que ela pode causar na vida das pessoas. Luíz
Aurélio é um homem atormentado pelo fim do seu relacionamento com Carmen. Tudo
piora quando Carmen começa a se relacionar com o cozinheiro Lucas.
O livro começa com um desabafo
cheio de raiva e ódio. É escrito de uma forma bem diferente, seguindo o estilo
de prosa poética. Aqui ele diz o que sente e o que pensa sobre amor e a revolta
que sente daqueles que são contrários à sua ideia. Esta primeira parte, eu achei
um pouco confusa, é um verdadeiro jorro de raiva.
Após colocar tudo para fora e se
acalmar começamos a ler os fatos do que aconteceu, desde o início do relacionamento
até o momento da morte. Este relato possui, em alguns momentos, a opinião do
personagem e em alguns momentos até parece uma conversa.
O relato é vago, não passando os
detalhes necessários para que se possa entender completamente alguns fatos e
também é contraditório, em um momento você tem a impressão que houve algo e,
mais à frente no livro, o mesmo fato parece ter ocorrido de outra forma. Isso
faz com que não saibamos o que ocorreu realmente ou não, ou seja, ao final não
será confirmado se as motivações do crime são reais ou não, e isso é
corroborado com a última frase do livro.
O livro possui referências ao
livro de Machado de Assis “Dom Casmurro” e uma das principais é o que disse
acima. Essa incerteza lembra o grande dilema do livro de Machado de Assis,
porém, em “A Morte do Cozinheiro”, o dilema será diferente.
O que me incomoda no livro é a
confusão do texto em alguns momentos e os longos parágrafos, que considero
desagradável, como já disse em resenhas anteriores, isso impede com que você
possa rapidamente parar a leitura e, se tiver que parar rápido, acabará tendo
que interromper a leitura no meio dele.
E para quem tem algum tipo de problema de concentração, textos muitos
longos sem interrupções chega a ser desestimulante, pois o leitor poderá não
conseguir se concentrar para ler um parágrafo tão longo que venha a ter a
extensão de mais de uma página.
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